Postagens

Mostrando postagens de dezembro, 2020

Não me deixe morrer, doutor, não me deixe morrer...

Você pode chamá-lo “John Doe”. Assim como no Brasil há o “Zé Mané”, nos Estados Unidos e no Reino Unido existe este pseudônimo generalizado se o nome verdadeiro de uma pessoa precisa ser resguardado por alguma razão ou se for realmente desconhecido.  Era o caso daquele indivíduo.   Como podia prever que em 2020 uma pandemia varreria todos os continentes e chegaria à Califórnia onde morava? O fato é que como milhões de outras pessoas, ele também havia sido contaminado pela Covid-19. Era um homem corpulento, já maduro. O uso abusivo de metanfetamina, no entanto, tinha cobrado seu preço normal. John tinha uma aparência envelhecida e havia perdido todos os dentes. Ao chegar ao hospital, foi tirado da ambulância para ser atendido. Sofria uma forte falta de ar a despeito de já ter sido socorrido pelos paramédicos que lhe haviam ministrado oxigênio. Era uma experiência terrível. Mal podia respirar. Arfava angustiado enquanto a equipe do setor de emergência se preparava para atendê-lo. Com u

Afinal de contas, Papai Noel existe?

Imagem
Este foi um editorial escrito por Francis Pharcellus Church , publicado no The Sun , de Nova York, no dia 21 de setembro de 1897, em resposta à menina Virginia O’Hanlon, então com 8 anos de idade. Ela nasceu em 1889 e faleceu em 1971. Você talvez não concorde com o que ele disse. Mas que resposta você daria a esta criança frente a uma dúvida que balançava sua fé na vida e sua certeza do amor das pessoas ao seu redor? ooooooooOOOOOOOoooooooo É um prazer responder imediatamente – e assim destacar a carta abaixo – expressando ao mesmo tempo nossa grande satisfação por podermos contar sua fiel autora entre os amigos do The Sun : - “Prezado editor: eu tenho 8 anos de idade. Algumas de minhas amiguinhas dizem que Papai Noel não existe. Papai me disse: se você vir isto no The Sun, então assim é. Por favor, diga-me a verdade: existe um Papai Noel? Virginia O’Hanlon -  115 W, Rua 95.” -Virgínia, suas amiguinhas estão enganadas. Elas foram afetadas pelo ceticismo de nossos tempos incrédu

“Por que ele não festeja o Natal?”

Imagem
Anushka tinha seus 16 anos e morava em Ayodhya, na Índia. Ela queria saber de seu pai por que o idoso Sr. Shareef não festejava o Natal, como sua família e outros vizinhos cristãos. O Sr. Manoj já havia lhe explicado uma vez que o nascimento de Jesus não era tão importante para os seguidores de outras religiões. O velhinho era muçulmano e, portanto, o Natal para ele era um dia como qualquer outro. Para ele, a Bíblia – apesar de reconhecida como um livro a ser respeitado – não tem a mensagem fundamental que está no Corão,  que ele acredita – como todos os muçulmanos – ter vindo diretamente de Alah. Isto não fazia sentido para Anushka. Jesus não era aquele que havia ensinado tanto sobre o amor? Por que não festejar o seu nascimento? Foi preciso que seu pai lhe contasse uma história verdadeira. Ela precisava conhecê-la. O Sr. Shareef, cujo primeiro nome é Mohamed – tal como o do profeta maior do Islam – tinha um filho chamado  Mohamed Rais. Aos 25 anos de idade, ele trabalhava como qu

A mulher que não parava de cuspir...

  Vocês precisam conhecer a Creusa, uma vizinha que tive no interior de Goiás. Desde o começo da gravidez sua cunhada, Geralda, começou a padecer um enjoo horrível. Então pegou uns modos muito feios, muito deseducados! O de ficar cuspindo a toda a hora! A cada meia dúzia de palavras ela precisava parar para cuspir! Tinha até um lenço ao alcance da mão para ir limpando a boca o tempo todo. A coisa começou a ficar complicada. O maridão, sujeito truculento, já estava ficando muito bravo com aquilo: – Você não fica com a boca seca de tanto cuspir? Não aguento ver você com este costume estúpido. Vou levar você ao médico para ele ver isso! Irrita demais! Ele era já estava muito nervoso e parecia que – ele era um tipo muito violento – iria tomar uma atitude agressiva. Creusa havia percebido a proximidade de uma crise conjugal em crescimento e havia dito à amiga que precisava parar com este hábito. Muito abatida, a moça dizia que já havia tentado várias vezes, mas não conseguia interro

O grande sonho de Grażyna!

Maria Geralda cruzou os dedos diante da boca e disse:  - É verdade, meninas, não estou mentindo! E repetiu o pronome com a maior ênfase: eu! Talvez suas amigas não acreditassem na sua palavra. E tinha razão. Todo mundo sabia do grande sonho de Grażyna: estudar piano em Varsóvia, a terra de Chopin e de seus antepassados. Agora, porém, vinha aquela notícia inesperada. Há muito tempo ela vinha articulando as coisas e torcendo para darem certo. Havia escrito para algumas escolas, consultado seus professores sobre como isso podia melhorar seu domínio do instrumento, visitado a embaixada do país em Brasília, enfim, por muitos anos ela acalentou este sonho carinhosamente. Toda gente de sua família e da vizinhança sabia disso. Mas, sabia algo mais. Tendo poucos recursos precisava encontrar respostas para algumas questões impossíveis de contornar. Como conseguir os recursos para a viagem, a estadia no estrangeiro, a hospedagem, as taxas e custos do curso pretendido? Sonhos costumam custar