Postagens

Mostrando postagens de 2021

Onoda-san vai visitar seu túmulo!

Imagem
E tinha todo direito. Ele havia sido declarado desaparecido e morto em 1959 e sua família havia construído o simbólico monumento, certa de que ele havia morrido mesmo!  Hiroo Onoda, filho de Tanejiro e Tamae Onoda, era um jovem japonês nascido em Kainan, Wakayama, em 19 de março de 1922. Aos 17 anos ele foi trabalhar em uma empresa comercial em Wuhan, na China ocupada pelos japoneses desde 1938. Aos 20 anos de idade, já um tenente no exército, Hiroo foi convocado para servir em uma difícil missão: desenvolver uma atividade de guerrilha e ser um espião em Lubang, uma ilha 93 milhas a sudoeste de Manila, nas Filipinas, em plena Segunda Guerra Mundial. Sua missão era tudo fazer para impedir que os americanos a tomassem. Desembarcou ali em 26 de fevereiro de 1944, devendo juntar-se a outros soldados e oficiais japoneses que já se encontravam por lá e liderá-los. Entre suas ordens estavam destruir o porto e o campo de aviação ali existente. O jovem tenente Onoda As ordens de seu super

O que aconteceu àquela gente?

Minhas leitoras e meus leitores. Não estou falando das pessoas mortas pela Covid. Esta é outra história cuja veracidade infelizmente jamais poderá ser comprovada. Primeiro, porque terá ocorrido há mais de três quartos de século. Segundo, porque seus quatro principais personagens não se conheciam, viviam sem contato entre si e não teriam não teriam como confirmar estes detalhes. Mas o melhor é eu contar logo o que aconteceu à senhora Sumiko e aos senhores Yoshikazu, Shigeo e Makoto.   (Segunda feira, 6 de agosto de 1945, 7h 45min.)   O trabalho de Sumiko deixava-a bastante amolada. Não tanto porque a cansasse fisicamente ou porque de alguma forma a prejudicasse. Simplesmente por ser monótono. Era sempre a mesma coisa: juntava os dois terminais vermelhos, prendia-os um ao outro na posição certa, colocava o fio de solda sobre eles e, com o soldador, ligava-os para não se soltarem mais. Seria alguma coisa interessante de fazer, claro, mas apenas de vez em quando. Montar um rádi

Por que seu Levi fugiu da Igreja?

O culto do domingo à noite começava oficialmente às 19 horas na Assembleia dos Testemunhas Fieis. Apesar do horário combinado entre o missionário-pastor Antero e a congregação na pequena vila de Capão Dourado, grande parte dos crentes por variadas razões nunca chegava no horário certo. Muitos vinham de longe, das roças da vizinhança. E os mais pontuais tinham um costume ruim: eles começavam a encher a capelinha a partir dos últimos bancos. Ela só chegava a ficar razoavelmente cheia por volta das 20 horas. Vamos tentar entender o problema. A despeito de ser uma pessoa boníssima, humilde e de procurar atender às necessidades de suas ovelhas visitando-as em suas casas, algumas das características do pregador eram complicadas. Sua voz era bem fraquinha, meio rouca, e era difícil para as pessoas acompanhá-lo. Muitas vezes mal dava para se entender o final das frases de seus sermões. Algumas pessoas diziam que ele não era muito “espiritual”, sem contudo explicarem realmente o sentido desta