Primeira manhã de lua de mel

 

Onde é que ele tinha ouvido aquele pássaro?

Apurou o ouvido. Não era apenas um, mas muitos. Bem-te-vis! Sim, bem-te-vis! Cantavam, uns convocando os outros, e o coro que formavam enchia a manhã com uma sensação de felicidade, de alegria, com uma vontade de cantar também, uma destas sensações maravilhosas que a gente não consegue descrever. Algo assim como estar na terra e no céu ao mesmo tempo.

Arnaldo se espreguiçou na cama em desalinho. Cecília dormia ainda. A madrugada deles tinha sido cheia de carinho e de amor. O corpo cansado exigia um sono restaurador naquela primeira manhã de lua de mel. Tinha muito tempo pela frente. Dava para ficar na cama, ali, quieto, sem qualquer outra preocupação, nem tomar café.

Ele contemplou Cecília adormecida. Passou a mão por seus cabelos macios. Pareciam de criança. Ela não se mexeu. Com ternura ele se recostou sobre um cotovelo e olhou o rosto dela de alguma distância. Os bem-te-vis continuavam a cantar. E ele também. Por dentro! Parecia impossível que estivesse vivendo aquela manhã. Um milagre estava acontecendo. Quantas voltas tinha dado o mundo? Não podia acreditar que estivesse ali, com a alma quase arrebentando de felicidade.

Arnaldo mergulhou nas lembranças do passado: a voz de Olga ainda chegava irritada a seus ouvidos. Isto tinha acontecido há muito tempo, mas parecia tão presente que ele não podia deixar de sentir um estremecimento. Lembrou de sua última explosão:

- Para mim, chega. Chega! Não aguento mais! Você não sabe quem é, nem o que quer. Eu sei o que quero e o que quero é isto: viver uma vida mais estável, longe de um cara como você, hoje uma coisa, amanhã outra. Tchau!

Ela entrou no carro e bateu a porta com estrondo. O que explodiu no coração dele foi apenas um eco daquela batida. Mas tinha um significado muito forte. Era o fim de um noivado que até certo ponto lhe tinha dado muita alegria e esperança. Mas muita angústia também. Olga e ele tinham atravessado oito anos de altos e baixos, momentos de muita satisfação, misturados a outros de puro desespero.

Ele se lembrava bem do dia em que colocou a aliança no dedo anular da sua mão direita. Tinham dois anos de namoro, algo que tinha começado sério desde o princípio. Afinal Arnaldo era cara de boas intenções. Nunca tinha passado por sua mente brincar com Olga. Logo que a conheceu, percebeu que era gente fina, o tipo de mulher que ele idealizava. Naquele dia, parecia que tudo estava definitivamente resolvido. Ela seria sua companheira, aquela que traria estabilidade à sua vida, tão cheia de sobressaltos interiores.

Os bem-te-vis continuavam a cantar. Engraçado! Antigamente ele sentia uma necessidade enorme de fumar, logo que acordava. Depois, aprontar logo. Comer! Comer muito! Um bom café, bastante reforçado. Saindo para o trabalho, comprar balas, chocolates e doces, na esquina. Depois de Cecília, tudo mudou. Até deixar de fumar.

Com quantos amigos havia brigado? Nem se lembrava mais. Tentou contar nos dedos: Clóvis, Nelson, André, não lembrava de todos. Era sempre assim. Fazia uma amizade, aparentemente sólida. As pessoas sentiam atração por ele. Era um tipo de rosto franco, dentes muito brancos, sorriso largo, ombros másculos. Figura que impressionava.

E que facilidade para conversar! Lia bastante, estava a par de muitos assuntos. Quando alguém introduzia um tema, sabia sempre dar a impressão de que conhecia um pouco a respeito dele. Mas logo se dizia apenas um interessado. Deixava que os outros falassem bastante daquilo em que eram doutores. Todos ficavam à vontade e logo se abriam. Haviam encontrado um ouvinte. E um bom ouvinte deve ser um bom amigo, pensavam. Talvez não tanto pensar, mas sentir.

Mas a admiração durava pouco, ele admitiu interiormente.

- Custei a descobrir o que era. Eu desconfiava de todos e de tudo. Parecia que sempre estavam dispostos a me tirar alguma coisa.

Como é que eu podia ser assim, tão desconfiado? De todos e de tudo. Pensava que toda gente queria me dar uma rasteira. Não me lembro bem o que o Rodrigo me disse. Ah! Coitado do Rodrigo. Não me esqueço do dia em que fui à clínica dele pela primeira vez. “Dr. Rodrigo de Almeida – Psicólogo”. Que inquietação! Foi a primeira vez que atendi ao pedido de Olga para que o procurasse. Ela pensava que umas sessões haviam de me ajudar a me encontrar comigo mesmo.

Cecília se mexeu. O sol devia estar brilhando lá fora, mas o quarto estava na semi-obscuridade. Somente o alto som do canto dos bem-te-vis poderia talvez despertá-la. Ela se ajeitou e continuou dormindo. Arnaldo se deitou, cruzou as mãos sob a nuca, fechou os olhos e continuou a recordar sua vida anterior e a transformação que havia ocorrido.

- Só aceitei ir à clínica do Rodrigo porque comecei a desconfiar que alguma coisa não estava indo bem. Não que eu tivesse confiança nele, não. Ao contrário. Aquilo de ir à análise me parecia antes una confissão de loucura e eu, bem, eu sabia que não estava louco. Quem sabe eu fosse um pouco excêntrico. Mas sempre tinha ouvido que os grandes gênios tinham um parafuso meio fora do lugar. Eu nunca tinha pensado que fosse um gênio, mas por que não podia ser também um pouco mais pra lá do que pra cá?

Um dos maiores medos que eu possuía era o de ser roubado. Viver aqui no Rio já não é sopa. A insegurança é nossa maior riqueza. Mas a minha era um pouco maior do que a das demais pessoas. Lembro que mandei mesmo fazer umas cuecas especiais, com bolso fechado a zíper e tudo. Dali ninguém podia roubar o meu dinheiro. Quando contei isso para Olga e ela ficou escandalizada. Não podia admitir que eu vivesse em tamanha preocupação. Depois de outras crises parecidas ela sugeriu que eu procurasse o Rodrigo. Ele era formidável, dizia, podia tirar-me todas estas manias.

Ah! - pensei - Vai ver que o Rodrigo é algum cara que anda atrás dela. Não vou lá é nada. Vou é exigir que ela se afaste dele. Não quero saber de minha noiva fazendo sessões de análise, uma hora sozinha com um sujeito, fazendo-lhe perguntas, deixando que ela fale, se abra psicologicamente perante ele, lhe conte, quem sabe, os nossos sentimentos. Provavelmente ela tem mais confiança nele que em mim. Conta para ele segredos que não me revela. Maldito. Não vou lá e nem ela mais.

Ele se recordou do dia em que explodiu com a noiva:

- Não quero que você vá ver mais este sujeito. Conheço bem os tipos. Com aquela história de quem não quer nada, vão fazendo você ficar toda na deles. Parecem ter a resposta para tudo. Dizem a você que a causa de seu problema é essa ou aquela, que você tem é que se liberar, que este negócio de estruturas sociais, figuras de autoridade, tudo isso é coisa ultrapassada. Pensa que não ando lendo também estas coisas? Não vou lá, de jeito nenhum, e você também não me ponha os pés na clínica deste sem-vergonha.

Não, esta não tinha sido a primeira briga com Olga. Foi apenas uma delas. Viviam em turras o tempo todo. O negócio é que desta vez as evidências haviam parecido a ele claras demais. Ela, provavelmente, queria apenas deixar que ele ficasse exposto ao analista com quem certamente andara transando.

Olga recebeu aquela exigência com tal desdém que ele se sentiu diminuído demais. Se aquela não tinha sido a primeira crise é provável que fosse a última, caso ela própria não tivesse amenizado a situação. Pouco a pouco, no entanto, ela o acalmou e não mais insistiu, pelo menos por algum tempo, que ele procurasse o analista. Somente quando ele voltou a piorar nas cenas de ciúmes, nos seus medos irracionais, é que ela tornou a falar no assunto. Não queria ofendê-lo. Contou a ele como havia sido ajudada. Como tinha superado alguns problemas emocionais. Disse-lhe que se tinha preconceito contra o Rodrigo porque ela frequentava a sua clínica que então procurasse outro.

Arnaldo repensou a questão e acabou indo procurar o analista. Lembrou-se de que quando a atendente o recebeu para a sessão ele havia hesitado. Levar adiante a entrevista, ou não? Recordou-se de que toda sua coragem havia fugido. Entrar era entregar-se. Fugir era acovardar-se. Talvez, porém, fazer terapia não fosse alguma coisa assim tão desmoralizante.

Ele rememorou a primeira consulta e o que havia sentido e pensado.

- Bem mais atraente do que eu. Um tipo desses não há mulher que resista. Eu conheço o jeitão. Finge que não é de nada, mas se impõe só pela maneira de olhar e de falar. Aposto que Olga e ele não ficaram apenas em conversa fiada. Com esta história de terapia está é me roubando a noiva. E eu, idiota, venho aqui, na teia da aranha, caio na cova do lobo. Por que fui na onda da Olga? Ah, eu sei, precisava conhecer o meu rival, descobrir o tipo, não podia ao menos adivinhar se era nanico ou grandão, quarentão ou o quê. Tive que pagar para conhecê-lo e, ainda por cima, vou ter que fingir que tudo está certinho, que eu não desconfio de nada.

Como havia sido difícil aquela primeira entrevista! Depois vieram outras. O sujeito era bom, sim. Fazia a pessoa se abrir com uma facilidade tremenda. Falou coisas. Fez perguntas. Sugeriu leituras.

- Não entendi muito bem o que ele falou a princípio. Uma coisa de que não me esqueço foi quando ele falou em fixação oral, que muita gente não aprende a confiar nos outros por não ter sido criado direitinho como as demais pessoas. Até que deu umas explicações bem boas naqueles dois anos e meio em que me atendeu. Logo vi que era bobagem minha, ficar imaginando coisas entre ele e Olga. O cara era realmente muito legal. Nossas conversas valeram muito. Joguei fora a porcaria das cuecas e deixei de lado muitos dos meus medos. Mas não totalmente. Interrompi as consultas e continuei com meus altos e baixos. Até o dia em que Olga estourou. Dali a dois dias me mandou a aliança de volta.

Ele nem percebeu que Cecília tinha acordado. Olhava-o carinhosa, vendo-o assim, como uma criança a seu lado. Nem parecia aquele tipo nervoso, irritadiço, cheio de manias, que ela tinha conhecido há quase dois anos,

Cecília se lembrava-se bem: onze de janeiro. Havia ido com um grupo de amigas ao Jardim Botânico, apenas três meses morando no Rio. Tinha ficado extasiada. Mais amante da natureza que as outras, demorava duas vezes mais tempo para examinar aquilo que as amigas olhavam em poucos minutos. E não havia se impressionado apenas com o porte das palmeiras imperiais. Cada plantinha mais humilde, cada folhagem sem maior esplendor, chamava sua atenção.  Demorava para ver o que ninguém valorizava. Vibrava com a vida ao seu redor. Quando percebeu, estava sozinha. As outras haviam seguido, dobrando à direita e à esquerda por entre as extensas alamedas do Jardim. Só quando percebeu que a tarde estava caindo, que as sombras estavam já compridas, é que ela se deu conta de que havia se separado das companheiras.

Começou a andar um pouco mais depressa e prometeu às plantas que não tinha tido tempo de adorar que um dia retornaria para fazer isso. Entrou quase correndo em uma avenida plantada de bambus por todos os lados, caindo em chuveiro por sobre a passagem. Em certos lugares era preciso afastar os ramos, em outros até abaixar-se. Foi ali! Foi ali que seu caminho se cruzou com o de Arnaldo.

Entraram os dois na mesma passagem e esbarraram um no outro.

- Oh! Desculpe, ela disse.

- Nada, a culpa foi minha. Estou procurando o caminho para sair e me perdi.

- Acho que é naquela direção.

- Não, estou vindo de lá. Me disseram que era por ali. Vamos descobrir juntos...

Destino? Carma? Casualidade? Difícil dizer. E que importa? O caso é que custaram muito, mas finalmente acharam a saída. Foi bom que naquele tempo o Jardim Botânico tivesse poucas placas indicativas. Tiveram tempo para se olhar um pouco mais demoradamente. Ele nada dizia. Ela estava esfuziante. Ele, introvertido. Ela, desembestada.

A mudança não foi imediata. Primeiramente foi preciso que Arnaldo descobrisse que o mundo não havia vindo abaixo só porque Olga havia posto um ponto final naquele romance de oito anos. A verdade é que ele tinha procurado o Jardim Botânico sem até saber por que. Precisava fugir. E a opção foi o Jardim. E parece que agora o mundo continua. Continua, não. O termo é fraco.

Para Arnaldo, ele foi criado hoje, nesse dia! Uma mulher o olha, uns pássaros cantam e é um arco-íris no céu! Tempestade e dilúvio ainda não tinham se acabado todo. Mas nas gotas de chuva ainda no ar os raios do sol se refratam e as cores que se escondem na luz manifestam-se maravilhosas e trazem promessa de paz ao coração pesado pela desilusão. Então a perda de um amor não é a perda da vida?

Claro que isto não era tudo. E nem o principal. Para quem vive na insegurança, briga com o mundo, julga-se roubado constantemente, tem medo do ontem, do hoje e do amanhã, encontrar um novo amor não é suficiente. Porque assim como perdeu o primeiro, poderá perder o segundo, caso não se cure deste – agora sim – verdadeiro pavor. Foi esta a maior batalha de Cecília. Encontrar um namorado tinha sido fácil. Sua conversa inteligente e culta, seus olhos marotos, aquela boca insinuante, o trejeito faceiro, isto era mais que suficiente para provocar paixão em qualquer homem. Estas coisas, no entanto, não eram suficientes para transformar Arnaldo em um homem com os pés no chão.

Isto se tornou bem claro quando eles saíram juntos pela quarta vez. Olga era uma sombra que se tornava mais e mais indistinta. Cecília impunha-se por sua personalidade marcante, sua graça e feminilidade. Arnaldo a acolhia sem resistência. E começou outra vez a sentir medo. Ele se lembrou que Cecília o olhou com seriedade e lhe disse:

- Não, Arnaldo, não me venha com estes ciúmes. Antes que você me conhecesse, eu já era assim. Sou brincalhona com todos. Este é meu jeito de ser. Não tente fazer com que eu mude. Se você não me aceita do jeito que sou, não poderá me pedir que eu o aceite do jeito que você é. Quero que você saiba que eu serei eu mesma. Com você ou sem você. Se você não me compreende, sinto muito. Acredito que gosto de você. Não me peça que eu dê a isso o nome de amor, porque é cedo ainda. Faz duas semanas que nos conhecemos. Não vou levar adiante nossa amizade deste jeito, se você pretende que eu acompanhe seu modo de pensar sobre como devo me comportar.

O encontro não terminou bem. Arnaldo voltou para o hotel arrasado. Havia levado Cecília até a casa dela e se despediu. Talvez fosse melhor não voltar a vê-la. Aquele jeitão alegre, brincalhão, parecia-lhe irresponsabilidade. Cecília parecia amar a toda gente. Onde ficaria ele? Em vão ela tentou lhe mostrar que seu temperamento expansivo nada tinha a ver com amor. Sim, ela queria que toda gente vivesse alegre. Mas entre isso e ser uma leviana, que diferença, meu Deus!

Quando Arnaldo entrou no quarto este lhe pareceu muito estranho. Nada lhe parecia familiar. Sua cama era a mesma de sempre. O guarda roupa. O espelho pequeno sobre a pia. A lâmpada nua meramente pendurada do fio. Era o lugar onde ele vivia há já três anos. Mas que horrível! Não sabia bem o que era. Algo errado por ali? Ou era dentro dele? Ele se jogou na cama.

- O defeito está em mim. Sou uma zebra. Como posso tornar atitudes tão estúpidas? Primeiro perdi Olga. Oito anos de namoro. Coisa horrível receber a aliança de volta. E agora vou perder Cecília também. E com ela já estava redescobrindo a vida.

Foi uma questão de dois dias. Ele não aguentou e a procurou. Pediu desculpas. Não, não tentaria modificá-la. Ele a aceitaria assim como a havia conhecido. Não haveria mais cenas de ciúmes. Fez uma promessa interiormente. Mas durou pouco. Apenas até que um primo dela chegou de São Paulo. As cenas de ciúme se repetiram como antes. Não dava para aguentar. Ela ficou brava.

- Ah! Não vai dar, Arnaldo. Você tem que crescer, meu! Não pode continuar a viver com este medo. Você precisa acreditar em mim. Ou antes, você tem que acreditar em si! Você tem que acreditar no seu valor, na sua capacidade de se impor sem esmagar os outros, uma pessoa atraente, a quem qualquer mulher pode amar com orgulho. Por Deus, não arruíne tudo!

Arnaldo estava recordando isso quando abriu os olhos e viu o sorriso no rosto de Cecília. Puxou-a para si e a beijou.

- Estava só com os olhos fechados. Eu acordei antes de você. Vi que você estava dormindo e deitei de novo. Fiquei aqui, pensando, pensando... E me alegrando.

- Eu acordei faz pouco. Vi você com as mãos atrás da nuca, desconfiei que devia estar pensando em alguma coisa. Não podia estar dormindo nessa posição. Aí fiquei olhando para você uns bons minutos. Acho até que sei em que você está pensando.

Claro - pensou Arnaldo - devia saber. Era algo notável, o que acontecia entre eles. Estavam constantemente descobrindo que aquilo que um ia dizer o outro já tinha pensado. Coincidências, diriam os que não acreditavam em identificação de espírito.

- É, eu estava pensando em como mudei, desde que conheci você. Eu queria que você mudasse e quem mudou fui eu. Foi você quem me mudou, Cecília. Me ajudou a me descobrir. Antigamente eu sentia que devia fazer uma força enorme para reter os outros para mim. Era possessivo. Sentia que se não tivesse alguém para mim, para me amparar, eu estaria perdido. Não percebia que, na medida em que eu tentava dominar os outros, comprar as pessoas com minha auto-afirmação, eu cada vez mais me perdia e cada vez mais perdia os meus amigos. Foi aí que você apareceu e me fez descobrir isso. Você deixa que eu lhe diga muito obrigado?

Cecília aninhou-se nos braços fortes de Arnaldo.

- Com uma condição: a de que você me deixe dizer também a mesma coisa. Pois na verdade eu também mudei. Eu também mudei em meu modo de agir. Acho que a coisa é essa. Nós vamos nos mudando, um ao outro. Até que fica difícil distinguir até onde você ê você, sozinho, e até onde eu sou eu, sozinha. Passamos a ser tipo parte um do outro.

- Shhh! Fica quietinha! Você está ouvindo? Olha os bem-te-vis cantando aí por perto! Você está lembrando?

- Como é que eu posso esquecer? Foi lá no Jardim Botânico...

O sinuoso, morno e sensual corpo de Cecília convidava.

- Topas?...

- Claro...

Comentários

  1. Muito legal! A minha capacidade se restringe a relatar fatos reais. Viajar na imaginação eu não consigo.

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  2. Essa é uma lua de mel de vidas que se entrelaçam no caminho de uma comunhão desejada, no sentido de ser e repartir, muito mais do que a comunhão erótica de corpos. Relato bem bolado, para além do tangível e do visível. E portanto, tão tangível!!

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  3. Hum, esses Arnaldos...
    Qdo vi o título, lembrei de uma
    história que o papai contava sobre a sua lua de mel....

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  4. Obrigado a tod@s @s visitas ao blog. Infelizmente não dá para responder a cada pessoa! Agradeço também as críticas, que me ajudam a melhorá-lo! Vamos seguindo.

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